14.02.2016

As mulheres amam palavras.

Faladas, escritas, ditas ao relento ou enviadas pelo WhatsApp. Não que os homens também não gostem mas eu acho que as mulheres perdem a cabeça quando ouvem palavras bonitas. Não sabiam meninos? Pois é. Daí o grande sucesso das mentiras ditas ao ouvido, dos chamados fala-barato ou, mais vulgarmente, cabrões cheios de lábia. Ficamos todas contentes em ouvir aquilo que gostamos e que, no fundo, nem sabíamos que queríamos ouvir, especialmente quando é de surpresa. Adoramos ser enganadas.

Não me refiro a piropos de mau gosto, de conversa de baixo nível. Um homem que consegue ser original no que diz ganha logo presença na nossa mente, mesmo sem querermos planta-se ali uma semente que se depois for regada com o mesmo tipo de atenção pode dar origem a uma árvore.
Mesmo que aquela pequena voz da experiência (sim, porque já passámos exatamente pela mesma situação anteriormente) e do bom senso nos grite PERIGO! PERIGO!, regra geral, o perigoso já se encrostou na ideia e captou a nossa atenção.

Embora raro, acontece as palavras serem sentidas e verdadeiras e é essa a esperança da semente que insiste em se enterrar, desesperadamente tentando ganhar raízes, porque a honestidade está em vias de extinção e todas queremos acreditar que, desta vez, é diferente.


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Women love words.

Spoken, written, said out loud or sent via WhatsApp. Not that men don’t like them too, but I think women lose their minds when they hear beautiful words. Didn’t you know, boys? Well, now you do. That’s why the lies whispered in our ears, the so-called smooth talkers or, more commonly, charming assholes, are so successful. We’re all happy to hear what we like, and what, deep down, we didn’t even know we wanted to hear, especially when it’s a surprise. We love being deceived.

I’m not talking about tasteless compliments or low-level talk. A man who can be original in what he says immediately makes an impression in our minds, even if we don’t want it. A seed is planted there, and if it’s watered with the same kind of attention, it can grow into a tree.
Even if that little voice of experience (yes, because we’ve been through exactly the same situation before) and common sense is screaming DANGER! DANGER!, as a rule, Mr Danger has already embedded himself in our skin and captured our attention.

Though rare, there are times when words are felt and true, and that’s the hope of the seed that insists on burying itself, desperately trying to take root, because honesty is on the verge of extinction, and we all want to believe that, this time, it’s different.

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